19 dez 2023

O objetivo da companhia é estabelecer alianças estratégicas com iniciativas inovadoras que busquem criar processos e biosoluções para as necessidades do futuro.

Após quase cinco anos de trabalho, a CMPC lançou um fundo de US$ 100 milhões para investir em startups ou empresas em estágios iniciais com escala global, desenvolvimento de I+D por meio de colaborações com a academia e centros de inovação, e construir parcerias com outras companhias.

Essa iniciativa representa um fundo sem precedentes para a empresa e faz parte das diretrizes estabelecidas pela CMPC em sua estratégia até 2030. Destaca-se o papel central que a inovação desempenhará no crescimento da empresa, atendendo às necessidades dos clientes e alcançando eficiência. Além disso, representa o maior investimento de capital realizado pela empresa nessa área.

Francisco Ruiz-Tagle, o CEO das Empresas CMPC, considerou “fundamental o uso de novas e disruptivas tecnologias que não apenas gerem valor para clientes e consumidores, mas também permitam priorizar a eficiência e sustentabilidade de seus processos visando criar uma economia do futuro”.

Neste contexto, a empresa busca projetar-se para os próximos 100 anos implementando biosoluções que possam satisfazer oportunamente as necessidades do mercado. Para isso, foram definidas metas anuais específicas em termos de inovação: 30% das melhorias nos processos até 2025 devem provir da inovação, digitalização ou uso de dados; 20% do cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável deve ser alcançado por meio de inovação, tecnologias novas ou disruptivas para a CMPC; e até 2025, 10% das vendas devem provir de produtos, negócios ou modelos de negócios novos e inovadores.

A busca por essas novas parcerias estará centrada na digitalização e circularidade de processos industriais e florestais, na fabricação de fibras têxteis a partir de celulose e reciclagem de fibras, em packaging sustentáveis biobaseada, em novos usos da madeira e biomateriais para construção, assim como em biocombustíveis e energia verde.

Além de sair em busca de iniciativas, a CMPC também oferece a possibilidade de que interessados se candidatem a este fundo. Para isso, devem preencher as informações necessárias na página cmpcventures.com e passar por um processo de validação. Tudo isso é feito com o objetivo de executar os fundos até 2030 em duas etapas: os primeiros 50 milhões serão destinados a construir o portfólio de projetos, e a segunda metade será utilizada para ampliar as soluções definidas.

Felipe Alcalde, gerente de Competitividade e Inovação da CMPC, afirmou que a empresa deseja “ocupar uma posição de vanguarda em inovação e ter um papel relevante em um mundo onde as soluções biobaseadas que oferecem alternativas mais sustentáveis para os consumidores do futuro. Como CMPC, estamos convencidos de que as fibras naturais têm um enorme potencial, e queremos desenvolver a inovação necessária junto com nossos clientes e outros atores para que esses projetos vejam a luz, porque esse fundo só faz sentido se houver colaboração e impacto”.

Alianças criadas

Até o momento, o fundo já investiu US$ 15 milhões em projetos e parcerias de diversas naturezas. Do lado das startups e graças à parceria estratégica estabelecida com a CMPC, a Pulpex, uma empresa inglesa que cria garrafas de papel feitas com mais de 90% de fibra de fontes sustentáveis, produzirá mais de 2 bilhões de garrafas até 2028, destinadas a marcas líderes de consumo em todo o mundo.

Da mesma forma, a startup finlandesa Woamy utilizará celulose da CMPC na fabricação de um material de espuma de base biológica que eles criaram para substituir outras espumas plásticas. A invenção é reciclável, biodegradável, leve e resistente.